Vaticano nega que Pietro Parolin, um dos favoritos no conclave, esteja doente e anuncia ausência de mais 2 cardeais

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Em comunicado enviado à imprensa nesta sexta-feira (2), a Santa Sé afirmou que quatro cardeais eleitores ainda são aguardados em Roma e mais dois estão fora da votação: Antonio Cañizares Llovera, de Valência, e John Njue, de Nairóbi. Saiba quem são os cardeais que vão escolher o novo papa
O Vaticano negou que o cardeal italiano Pietro Parolin, ex-secretário de Estado do papa Francisco e um dos apontados como favorito no conclave, esteja doente em um comunicado enviado à imprensa nesta sexta-feira (2).
“Durante o encontro com jornalistas, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, negou a hipótese de que o Cardeal Pietro Parolin tenha adoecido, especificando que tal episódio não ocorreu. Ele também negou o uso de intervenções por pessoal médico ou de enfermagem”, diz o texto.
Faltando cinco dias para a escolha do novo pontífice, a Santa Sé também anunciou que mais dois cardeais com direito a voto na cerimônia não irão participar: Antonio Cañizares Llovera, Arcebispo Metropolitano Emérito de Valência (Itália), e John Njue, Arcebispo Metropolitano Emérito de Nairóbi (Quênia).
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Além disso, também confirmou que quatro cardeais eleitores ainda são esperados em Roma.
Com quatro ausências confirmadas, por enquanto, 131 cardeais participarão do conclave.
Cardeal Pietro Parolin, italiano, diplomata do Vaticano, 70 anos
Vatican News/Divulgação
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Na manhã desta sexta-feira ocorreu a oitava Congregação Geral, uma audiência diária que reúne todos os cardeais – votantes ou não – para refletir sobre os desafios e missões da Igreja antes do conclave. De acordo com o comunicado, mais de 180 cardeais estiveram presentes, incluindo mais de 120 eleitores.
No encontro de quarta-feira (30), os cardeais debateram como manter a agenda de reformas da Igreja Católica promovida pelo papa Francisco.
“Entre os vários tópicos discutidos, também se discutiu como as estruturas econômicas podem continuar a apoiar as reformas do papado”, disse o Vaticano, em nota.
Nesta sexta, casos de abusos sexuais e escândalos financeiros dentro da Cúria Romana também foram lembrados.
“Matteo Bruni relatou que essas questões foram abordadas como “uma ferida” a ser mantida “aberta”, para que a consciência do problema permaneça viva e caminhos concretos possam ser identificados para sua cura”, afirma o texto enviado pelo Vaticano.
Conclave
O conclave, processo eleitoral para eleger um novo papa, começará em 7 de maio, na Capela Sistina.
Os cardeais votarão quatro vezes por dia até que uma maioria de dois terços — pelo menos 89 cardeais — concorde com o mesmo candidato.
Em paralelo, as listas de “candidatos a papa” se multiplicam. O cardeal Pietro Parolin aparece entre os favoritos junto com o filipino Luis Antonio Tagle, o “Francisco asiático”.
Mas os cardeais se recusam a dar qualquer pista sobre os nomes que estão sendo cogitados em meio à enxurrada de perguntas dos jornalistas ao entrarem no Vaticano.

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