‘Vai para o xilindró sim senhor’, diz Lula sobre o ‘fujão’ Bolsonaro

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Durante visita ao Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, nesta quinta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pronunciamento incisivo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Lula classificou Bolsonaro como um “fujão” e ironizou sua postura após a derrota nas eleições de 2022. “Nem sei como aquele cara chegou a ser tenente do Exército, porque se borrou todo; perdeu as eleições e ficou dentro de casa chorando, chorando…”, declarou o presidente. 

Lula destacou ainda que Bolsonaro tentou impedir sua posse por meio de articulações golpistas que, segundo ele, estão sendo apuradas pelas autoridades brasileiras: “Preparam um golpe, nós ficamos sabendo, a polícia investigou, eles mesmos se delataram, ele foi indiciado, o procurador-geral pediu a condenação dele e ele vai, sim senhor, se a Justiça decidir, com base nos autos do processo, vai para o xilindró”.

Críticas a Eduardo Bolsonaro e relação com Trump – Lula também voltou a denunciar a atuação de Eduardo Bolsonaro junto ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que iniciou seu segundo mandato em 2025. O petista afirmou que o deputado atuou de forma irresponsável ao interceder por seu pai no exterior, em uma tentativa de obter apoio contra as investigações em curso no Brasil.

“O filho é deputado federal. O filho abandona o mandato de deputado, vai para os Estados Unidos e fica ‘ô Trump, solta meu pai, solta meu pai, ajuda meu pai, ajuda meu pai’. Coisa de moleque irresponsável, que na hora de falar merda na internet não tem responsabilidade”, afirmou Lula.

Segundo o presidente, esse tipo de atitude compromete a soberania nacional e afronta o respeito devido ao povo brasileiro. “Fez as merdas que fez, pague pelas merdas que fez e respeite os brasileiros”, enfatizou.

“Não fugi, provei minha inocência” – No mesmo discurso, Lula relembrou o período em que esteve preso, por 580 dias, em Curitiba, e afirmou que jamais cogitou deixar o país ou buscar asilo em embaixadas, como muitos o aconselharam à época. “Quando inventaram as mazelas contra mim, quando inventaram as mentiras contra mim, massacraram não a mim, mas muita gente nesse país. […] E eu dizia: ‘um cara que não morreu de fome até os cinco anos de idade e sobreviveu, não vai correr não. Vou provar minha inocência’”, relatou.

Ao destacar a diferença entre sua postura e a de Bolsonaro, Lula reafirmou que confia na Justiça brasileira, a qual considera independente, e reforçou que o ex-presidente deve ser responsabilizado por suas ações: “Obviamente que depende da Justiça, e no Brasil a Justiça é independente”.

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