O que é sionismo — e como seu ‘criador’, Theodor Herzl, imaginou (e negociou) o Estado de Israel

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Theodor Herzl em 1902

Crédito, Universal History Archive/Universal Images Group via Getty Images

Legenda da foto, Livro de Theodor Herzl defendia criação de Estado judaico como solução para o antissemitismo na Europa

  • Author, Vinícius Mendes
  • Role, De São Paulo para a BBC News Brasil

Quando as primeiras 300 cópias de O Estado Judeu (Der Judenstaat) começaram a ser distribuídas pelas ruas de Viena, capital do então Império Austro-Húngaro, em 1896, nem a editora nem o seu autor, o advogado, dramaturgo e jornalista Theodor Herzl, acreditavam que ele seria lido por muita gente.

A obra expressava a visão — já existente havia anos — de que a criação de um Estado nacional judaico seria a solução para o crescente antissemitismo na Europa. Ele defendia a ideia em contraposição à defesa da assimilação dos judeus nos países em que se encontravam, como a Rússia, Polônia, Alemanha ou França, por exemplo.

Herzl chegou a ver, no fim da sua vida, o livro dar origem ao movimento sionista moderno, tal como queria. Mas não chegou a testemunhar seu principal objetivo alcançado — a criação de um Estado de Israel. Isso representou o que os judeus chamam de retorno e os palestinos, de tragédia (nakba).

Hoje, mais de um ano e meio após o início da guerra em Gaza, as discussões sobre a origem e o caráter do sionismo continuam gerando debates e disputas políticas em vários países.

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