Morte do papa Francisco: ‘Ele fez um papado de resistência à extrema direita’, diz teólogo

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Toalha com imagem do papa Francisco é erguida por fiel em missa no México

Crédito, Reuters

  • Author, Mariana Schreiber
  • Role, Da BBC News Brasil em Brasília

O papa Francisco, falecido nesta segunda-feira (21/4), liderou a inclusão da Igreja Católica no século 21 e tornou seu papado um foco de resistência à ascensão global da direita mais conservadora, analisa o teólogo e historiador Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

À frente do Vaticano por 12 anos, Francisco tornou o catolicismo mais aberto aos homossexuais, ao autorizar que casais do mesmo sexo recebam a benção de padres, e adotou posicionamentos firmes em questões globais, como o repúdio à concentração de riqueza e à exclusão de imigrantes, exemplifica.

“Com um capital político gigantesco advindo da sua força religiosa, ele soube dar os recados aos poderosos, aos pretensos tiranos. Foi uma voz muito profética de combate a essa extrema direita no mundo”, afirma Moraes.

“Acho que o maior recado de Francisco é que é possível ser um cristão praticando verdadeiramente o Evangelho no século 21. E isso significa saber escolher as lutas corretas, e, principalmente, ter uma prática coerente com a prática de Jesus Cristo, com a prática de um evangelho vivido na sua integralidade”, continuou.

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