Morre Virginia Giuffre, principal acusadora de Jeffrey Epstein e do príncipe Andrew por abuso sexual

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Advogada vivia na Austrália e, segundo a família, morreu na quinta-feira (24). Relatos dela foram usados em investigações contra o Epstein, que abusou de dezenas de meninas nos anos 2000. Virginia Roberts Giuffre, que acusa Epstein e o príncipe Andrew de abuso sexual.
Bebeto Matthews/AP
A advogada Virginia Giuffre, principal acusadora do bilionário Jeffrey Epstein e do príncipe Andrew por abuso sexual, morreu na quinta-feira (24). A informação foi divulgada nesta sexta-feira (25) pela família, em um comunicado, segundo as emissoras NBC e BBC.
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Virginia tinha 41 anos e morava na Austrália, de acordo com a imprensa americana. A família afirmou que ela tirou a própria vida.
Ela é considerada a principal denunciante contra Epstein. Em 2019, a advogada afirmou que foi forçada por ele a fazer sexo com seus amigos, incluindo o príncipe Andrew, quando ainda era adolescente.
“Virginia foi uma guerreira feroz na luta contra o abuso sexual e o tráfico sexual. Ela foi a luz que iluminou tantas sobreviventes”, diz o comunicado, segundo a NBC. “No fim das contas, o peso do abuso é tão pesado que se tornou insuportável para Virgínia lidar com seu peso.”
Os depoimentos de Virginia às autoridades foram essenciais para revelar outros abusos cometidos por Epstein e levar o bilionário à prisão. As informações também contribuíram para a condenação de Ghislaine Maxwell, ex-namorada do abusador.
No caso de Andrew, o príncipe se afastou das funções reais britânicas após o escândalo.
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O caso
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Segundo o governo dos Estados Unidos, Epstein explorou sexualmente mais de 250 meninas menores de idade durante os anos 2000.
Ele foi investigado pela primeira vez em 2005, após a polícia receber denúncias de abuso sexual contra garotas menores de idade. Na época, ele alegou que os encontros foram consensuais e que acreditava que as vítimas tinham 18 anos.
Em 2008, ele se declarou culpado do crime de exploração de menores e firmou um acordo para cumprir 13 meses de prisão e pagar indenizações às vítimas.
Em fevereiro de 2019, um juiz da Flórida considerou o acordo ilegal. Em julho daquele ano, Epstein foi preso e formalmente acusado por abuso de menores e por operar uma rede de exploração sexual.
Na época, promotores federais defenderam que ele deveria permanecer preso até o julgamento. Eles argumentaram que a “riqueza exorbitante”, os aviões particulares e os laços internacionais poderiam facilitar uma fuga.
Epstein foi encontrado morto na prisão em agosto de 2019. A autópsia concluiu que ele tirou a própria vida. Dois dias antes, o bilionário havia assinado um testamento deixando um patrimônio estimado em mais de US$ 577 milhões.
Em 2022, Virginia chegou a um acordo extrajudicial com o príncipe Andrew. Segundo a imprensa britânica, o duque de York teria prometido pagar até US$ 16 milhões. Com isso, o caso foi encerrado na Justiça.
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