Marine Le Pen, líder da direita radical francesa e presidenciável, é condenada e declarada inelegível
Crédito, EPA
- Author, Laura Gozzi
- Role, BBC News
Marine Le Pen, líder da direita radical na França, foi considerada culpada de se apropriar indevidamente de fundos europeus para financiar seu partido de extrema direita, o Reunião Nacional (RN) e declarada inelegível por cinco anos, deixando-a impedida de concorrer às eleições presidenciais de 2027.
Le Pen, que já concorreu três vezes à Presidência da França e perdeu as últimas duas disputas para o atual presidente, Emmanuel Macron, era apontada por muitas pesquisas de opinião como favorita para a eleição presidencial de 2027.
Ela foi acusada, juntamente com mais de 20 outras altas lideranças do partido, de contratar assistentes que trabalhavam nos assuntos do RN e não para o Parlamento Europeu, que os pagava.
“Foi estabelecido que todas essas pessoas estavam realmente trabalhando para o partido, que seu legislador (da UE) não lhes havia dado nenhuma tarefa”, disse a juíza Benedicte de Perthuis ao tribunal.
“As investigações também mostraram que não se tratava de erros administrativos (…) mas de desvio de dinheiro dentro da estrutura de um sistema implementado para reduzir os custos do partido.”
Le Pen, que estava sentada na primeira fila do tribunal, balançou a cabeça em sinal de descontentamento enquanto a juíza falava, segundo a agência de notícias Reuters. Ela deixou o tribunal antes da definição da sentença.
Durante o julgamento no ano passado, Le Pen negou ter cometido “qualquer irregularidade”.
No ano passado, promotores disseram que a punição de Le Pen não deveria ser apenas uma multa de 300 mil euros (cerca de R$ 1,9 milhão) e uma pena de prisão, mas também a impossibilidade de concorrer a cargos públicos por cinco anos.
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