Judô: como Kosovo usa a ‘diplomacia do esporte’ para conquistar reconhecimento como país
Crédito, Presidência de Kosovo
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- Author, Eliano Jorge
- Role, De Peja, Kosovo, para a BBC News Brasil
Toni despontava como um promissor judoca, bicampeão nacional da Iugoslávia, quando teve sua carreira interrompida aos 19 anos por uma irreparável fratura.
Não é que ele tenha se lesionado: seus ossos permaneciam intactos e sua forma física estava melhor do que nunca. Foi o país que se partiu.
A Iugoslávia se fragmentava com as secessões de Croácia, Eslovênia, Bósnia e Macedônia.
Na província de Kosovo, ao sul, a população amplamente albanesa contestava a perda da sua autonomia — que havia sido reconhecida pela Constituição iugoslava de 1974 — e sofria repressão.
Milhares de funcionários públicos, professores, médicos e policiais kosovares da etnia albanesa foram demitidos. Atletas recusaram ou acabaram expulsos das competições esportivas. Entre eles, Driton Kuka, conhecido como Toni.
Fora da equipe de judô iugoslava em 1991, ele viu tão despedaçado quanto o mapa local seu sonho de disputar a Olimpíada do ano seguinte, em Barcelona.
Como em repúblicas separatistas vizinhas, a crise agravou-se até um conflito entre guerrilheiros de Kosovo e as forças militares, policiais e paramilitares do que restou da Iugoslávia: Sérvia e Montenegro.
Toni foi um dos civis transformados em combatentes na sua cidade, Peja, no oeste, entre 1998 e 1999.
Crédito, Federação de Judô de Kosovo
O presidente iugoslavo Slobodan Milosevic só aceitou a desocupação de Kosovo após 78 dias de bombardeios.
Encerrada a guerra, a ONU tutelou o território em disputa, sob proteção da Otan.
Para oferecer alento, Toni e seu irmão Agron montaram um dojô (espaço onde se praticam artes marciais, com tatame e áreas contíguas) para ensinar judô a crianças da vizinhança.
Um salto de 22 anos na história: em duas participações em Olimpíadas, Kosovo acumulou três medalhas, todas de ouro, conquistadas por mulheres da comunidade, treinadas por Toni desde pequenas.
E o Brasil foi palco de um dos momentos mais gloriosos desta saga.
Reconhecimento da independência
Cercado por Sérvia, Montenegro, Albânia e Macedônia do Norte, Kosovo aperta-se em área equivalente à metade do menor Estado brasileiro, Sergipe.
Kosovo acabou separado da Albânia quando esta teve a independência do Império Otomano aceita pelas grandes potências da época na Conferência de Londres, em 1912 e 1913.
Cerca de 90% dos kosovares se consideram o mesmo povo que habita a Albânia.
Hoje, Kosovo é um dos lugares mais pobres da Europa e depende de ajuda internacional.
O número de habitantes declina devido à emigração. O Censo de 2024 apontou que 1,6 milhão kosovares moram no território e 550.000 no exterior.
O envio de dinheiro pela diáspora mantém-se fundamental para a economia local.
Kosovo declarou sua independência em 2008, mas a Sérvia nunca a aceitou, e por isso o Brasil não é um dos 118 países que reconheceram a soberania kosovar.
Portanto, a entrada de Kosovo em organismos internacionais enfrenta objeções. Na ONU, esbarra no poder de veto de russos e chineses, que integram o Conselho de Segurança.
Daí a importância de se legitimar como país nos eventos esportivos, competindo como qualquer outro. Por vários anos, isso foi apenas um sonho para os kosovares.
Sua realização veio à base de golpes. Mais precisamente da judoca Majlinda Kelmendi, 34.
Ela foi uma das primeiras alunas de Toni, aos 8 anos, obrigada pela irmã Kaltrina — que depois se tornaria esposa do professor — a acompanhá-la nas aulas.
Majlinda transformou a atividade num propósito, passou a competir pela Albânia e, aos 18, sagrou-se campeã europeia júnior. Em seguida, venceu o Mundial de 2009 da categoria, em Paris.
Vieram as vitórias entre as adultas, e, aos 21, ela chegou à Olimpíada de 2012, em Londres. Sob pressão desde antes dos Jogos e eliminada na segunda luta, impressionou-se com as críticas e pensou em encerrar a carreira.
Crédito, Federação de Judô de Kosovo
Em férias com a família, foi reconhecida numa praia albanesa. Um homem se aproximou e disse que a judoca havia envergonhado os compatriotas. Chocada, ela não conseguiu conversar com ninguém, todavia resolveu dedicar-se ainda mais ao judô. Madrugava para treinar no frio das montanhas de Peja.
Um ano após a decepção na Inglaterra, em 2013, ela derrotou a brasileira Érika Miranda na final do Campeonato Mundial, no Rio de Janeiro, e conquistou o título da categoria até 52 kg — já representando o Kosovo.
Os símbolos kosovares foram exibidos no Maracanãzinho.
Rosicleia Campos, treinadora da equipe feminina do Brasil entre 2005 e 2021, recorda a primeira vez que viu Majlinda Kelmendi.
“Ficava me perguntando de onde era. Até então, não tínhamos conhecimento desse país. Era nossa principal adversária na categoria”, lembra Campos.
Mas, no ano seguinte, Majlinda conquistou o o bicampeonato como atleta apátrida da Federação Internacional de Judô (IJF na sigla em inglês), em Chelyabinsk, na Rússia — país que não aceitou os símbolos kosovares na competição.
A IJF era uma das raras federações a incluir Kosovo, membro pleno desde 2012. Em 2014, ela premiou Majlinda com US$ 50 mil (R$ 270 mil) como a melhor judoca do ano entre todas as categorias femininas.
“Começou uma pressão sobre o Comitê Olímpico Internacional (COI) para reconhecer Kosovo. Foi assunto nas organizações políticas, Nações Unidas, Parlamento Europeu. O nome de Majlinda foi adiante, saiu do esporte. Era a melhor imagem do nosso país”, relata Toni, hoje com 53 anos.
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Não ficaria bem para o COI impedir uma atleta desse nível de representar seu país nas Olimpíadas, diz o treinador.
Porta-bandeira da delegação na cerimônia de abertura, Majlinda não apenas obteve a primeira medalha: ela realizou o sonho dourado.
O título no Rio foi o ponto de virada que consolidou a parceria entre Majlinda e Toni, além de atrair atenção do próprio governo de Kosovo.
“Com esta vitória, Majlinda marcou um ippon [o equivalente ao nocaute no judô] para a política externa de Kosovo”, escreveu no Facebook o então presidente Hashim Thaçi, que estava na Arena Carioca 2.
‘Diplomacia kosovar por meio do judô’
Em maio de 2018, Thaçi entregou passaportes diplomáticos para a judoca, para Toni e seu irmão Agron Kuka, presidente da Federação de Judô de Kosovo.
“Majlinda é a embaixadora mais valiosa do nosso país e personifica o sucesso da República de Kosovo no mundo”, publicou novamente na rede social.
Desde 2020, quando renunciou à presidência, Hashim Thaçi está preso em Haia, indiciado por crimes de guerra durante sua atuação como comandante dos guerrilheiros.
Segundo Toni, pouco a pouco, o esporte foi recebendo mais apoio.
“Após a Olimpíada, o governo e as pessoas da política, de cada partido, começaram a realmente apreciar e respeitar os resultados do judô”, afirma o treinador.
Ele sabe bem do custo financeiro disso — e Majlinda também, que lembra das dificuldades no início da trajetória.
“Meu treinador pagava tudo. A preparação, os treinamentos, todas as coisas. Depois que me tornei campeã mundial no Rio, em 2013, isso mudou. Comecei a ter mais suporte do meu país. Levaram minha carreira mais a sério”, diz a atleta.
No início do projeto, a construtora dos Kuka bancava os gastos. Segundo Toni, por cerca de 10 a 15 anos, a maioria das viagens e investimentos foi bancada por conta própria.
Além de financiador, ele fazia as vezes de nutricionista, psicólogo e fisioterapeuta. Quando necessário, recorria a contatos no exterior.
“A academia onde as três campeãs olímpicas cresceram foi construída com dinheiro da minha família na nossa propriedade. Só por amor ao judô. No início, não era nosso trabalho principal porque não se poderia viver do judô em Kosovo. Agora, a situação é diferente, temos total apoio do governo em tudo. Dinheiro não é mais problema”, conta o fundador da iniciativa.
Crédito, Federação de Judô de Kosovo
O esporte criado no Japão foi oficializado como projeto estatal em 30 de setembro de 2022, no lançamento do programa “Kosovo, país do judô” — que tem prazo de cinco anos e orçamento de 12 milhões de euros.
Em parceria com outras entidades, a estratégia inclui atenção à saúde pública, massificação da modalidade a partir das escolas, participação de atletas de elite, formação de técnicos, infraestrutura, recepção de torneios e treinamentos com judocas estrangeiros para atrair visitantes e visibilidade.
No seu discurso, o primeiro-ministro Albin Kurti afirmou que esse esporte é “o principal canal de promoção de Kosovo em nível global”.
Um dos planos de ação é “desenvolver a diplomacia kosovar por meio do judô”.
Novas gerações de atletas
Crédito, Comitê Olímpico de Kosovo
Sede do patriarcado da Igreja Ortodoxa Sérvia entre os séculos 13 e 18, Peja está a 85 km da capital Pristina.
Última parada antes do cânion Rugova e das Montanhas Amaldiçoadas, a cidade de 80 mil habitantes ganhou um ponto turístico em fevereiro de 2020: uma estátua de Majlinda.
“A maneira como meu povo me trata e o jeito como as crianças de Kosovo me veem não têm preço. Recusei muitas ofertas de outros países, onde ganharia milhões — o dinheiro que nunca ganharia em Kosovo —, mas não me arrependo”, garante a campeã.
Toni ajudou a convencê-la a contrariar os conselhos da mãe e rejeitar propostas para lutar por outros países, como Azerbaijão, Cazaquistão e Emirados Árabes Unidos, segundo ele relata.
Ele mesmo também recebeu vários convites.
“Estamos falando de 10 mil a 30 mil euros por mês (de R$ 64 mil a R$ 192 mil). Esse dinheiro eu não consigo em Kosovo. Na Europa, e especialmente em alguns países, como Azerbaijão, Uzbequistão, Turquia, Rússia e China, eles dão muito dinheiro a treinadores”, conta.
“Agora, estou bem. Para o padrão de Kosovo, temos boas condições. Não pretendo ir a lugar nenhum”, assegura Toni.
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O sucesso de Kosovo no esporte se propagou, ganhando representantes como os irmãos Nora Gjakova, hoje com 33 anos, Akil Gjakova, 29 anos e Dëbora, 21.
Quando Nora e Akil chegaram crianças ao tatame, ninguém imaginava que, 22 anos depois, ambos seriam porta-bandeiras da delegação olímpica em Paris 2024.
Nora, que coleciona medalhas de diversas competições pelo mundo, conquistou a mais importante delas em Tóquio 2020, um ouro olímpico na categoria até 57 kg.
Outra revelação é Distria Krasniqi, 29 anos. Ela ingressou no judô também criança, seguindo o irmão mais velho.
Campeã mundial júnior em 2015, era sparring (parceiro de treino que cumpre funções específicas para ajudar a preparar o lutador) de Majlinda em treinos na Rio 2016.
Para não concorrerem na mesma categoria, a mais nova se esforçava para se manter até os 48 kg. E foi nesta faixa de peso que ela se consagrou com o ouro na Olimpíada de 2020.
Após a aposentadoria de Majlinda, que passou a auxiliar Toni como treinadora, Distria voltou às competições até 57 kg e, com a prata em Paris 2024, tornou-se a única pessoa de Kosovo a ostentar duas medalhas olímpicas. Ela é atualmente vice-campeã mundial.
Na França, na categoria até 63 kg, houve ainda o bronze de Laura Fazliu, 24, que aos 15 anos havia deixado a família em Mitrovica — uma cidade do norte segregada em lados albanês e sérvio — para treinar em Peja.
Com isso, Kosovo possui cinco medalhas em três Olimpíadas. Todas elas graças a quatro mulheres do judô.
“Isso torna o resultado ainda melhor porque o mundo sabe que 90% da nossa população são muçulmanos”, opinou Toni, apontando para o preconceito de outras sociedades com o papel da mulher na cultura muçulmana.
Majlinda, Nora e Distria foram incorporadas, por conta dos títulos olímpicos, ao Ministério da Defesa de Kosovo e foram graduadas como coronéis do Exército da Albânia. Elas recebem remunerações vitalícias de ambos governos.
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‘Sem segredos’
Rosicleia Campos, que treinava a equipe feminina brasileira, destaca como trunfo das kosovares a pegada no quimono — o judogui — das adversárias.
“Fortíssima. Elas são destemidas, com excelente qualidade técnica. São muito fortes, o que faz toda a diferença na aplicação das técnicas”, avalia a atual treinadora do Flamengo e judoca nos Jogos de 1992 e 1996.
A IJF contabiliza 196 medalhas de judocas de Kosovo nas principais competições adultas desde 2010.
Rosicleia enxerga nesses resultados um ingrediente extra de superação: “Dedicação, motivação e honra em defender o país, que por anos não teve bandeira [permitida]. Esse patriotismo também faz diferença, tornando-se uma causa”.
Na opinião da própria equipe, o sucesso se deve ao volume e à qualidade do trabalho.
“Trabalhamos muito duro, e Toni quer muita disciplina. É um treinador incrível, o melhor do mundo. De um bairro pequeno, ele fez cinco medalhas olímpicas”, argumenta Distria.
“Trabalhávamos como loucos. Eu queria dar mais de 100% de mim. Não queria perder uma medalha por ter me cansado na luta”, complementa Majlinda.
Para Toni, “não há segredos” em seu trabalho.
“Eu os treino desde crianças. Trabalhamos todos os dias, tentamos melhorar tudo. Sempre digo a meus atletas: ‘Não podemos vencer japoneses, franceses, brasileiros, russos, os países mais fortes do mundo, se não trabalharmos duas vezes mais do que eles'”, diz o treinador.
“Alguns países têm no judô tanta gente quanto temos em população no Kosovo. É fácil para eles encontrarem atletas porque podem escolher a partir de uma base grande. Temos 15 clubes aqui, mas só um com atletas de níveis altos.”
Nem em casa Toni pode evitar o judô. Seus filhos Fiona, 17, e Jon, 14, já trazem medalhas internacionais, assim como Rios, 22, e Blin, 19, filhos de Agron, e seus primos Noar, 15, e Keon, 17.
Loriana, 28, filha de Sylejman, o irmão mais velho de Toni radicado na Suíça, trocou sua terra natal por Peja em 2016 para treinar com o tio. Competiu em Tóquio 2020 e Paris 2024, aposentando-se com 20 pódios na categoria até 78 kg.
Sylejman foi o primeiro professor de judô de Toni — que, aos 9, acompanhou Agron numa aula, não gostou de ser derrubado por garotos mais fortes e passou a frequentá-la para buscar revanches.
Mas após a guerra, aos 28 anos, Toni conformou-se que a carreira de judoca não seria retomada numa eventual libertação de Kosovo.
“Fiquei invicto durante anos na Iugoslávia. Técnica e taticamente, eu tinha um judô realmente muito bom”, afirma, sem arrogância.
Quando seus pequenos alunos passaram a evoluir em torneios no exterior, Toni percebeu como se realizar no esporte.
“Visitei países para ver como construir metodologia de formação de atletas. Porque técnica e tática não são tudo. Estou sempre procurando novos métodos, aperfeiçoando-os”, diz.
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Uma das inspirações de Toni foi o ex-judoca esloveno Marjan Fabjan, treinador de um clube cujos atletas — principalmente mulheres — amealharam medalhas em grandes competições para outro pequeno ex-integrante da Iugoslávia.
O objetivo de Toni agora é capacitar treinadores que produzam futuros campeões.
“O tempo está passando, um bom treinador em 2016 não significa um bom treinador em 2025. Ele precisa se esforçar mais, conhecer novas maneiras de formar atletas”, diz o treinador.
Para ajudá-lo, Toni chamou o brasileiro Pedro Guedes, ex-judoca que treinava a seleção alemã.
“Um grande amigo há muitos anos. Agora trabalhamos juntos e espero que ele fique aqui pelo menos até [a Olimpíada de] 2028”, afirma Toni, que acrescenta ter um carinho especial pelo Rio, pelo Brasil e pelos brasileiros.
“Temos uma conexão muito forte com os brasileiros. Tivemos treinamento com a seleção brasileira e, muitas vezes, judocas brasileiros vieram aqui. O povo brasileiro é muito gentil conosco. Esperamos que isso crie uma pequena possibilidade de entrar na política”, afagou Toni, vislumbrando um reconhecimento do governo à soberania kosovar.
Já Majlinda entende e fala um pouco de português — para isso, ajudou seu gosto pelas novelas brasileiras, sobretudo O Clone, que ela assistia com legendas quando era mais nova.
Triunfo político
Crédito, Comitê Olímpico de Kosovo
Alguns meses antes da Olimpíada do Rio, a equipe de Toni não encontrou no Campeonato Europeu em Kazan, Rússia, a receptividade que encontraria no Brasil — pelo contrário.
Diferente de idas anteriores, a equipe de judô chegava com grandes chances de vitória, o que significava exibir nas cerimônias de premiação símbolos kosovares não reconhecidos pelos russos.
Durante o voo para Moscou com escala em Istambul, relata Toni, sua delegação recebeu um e-mail dos organizadores que negava permissão, anteriormente concedida, para os judocas representarem Kosovo.
No credenciamento presencial, repetiu-se a determinação de competirem sob a bandeira da IJF, como atletas neutros.
“Não aceitamos. Era o momento em que estávamos em posição de dizer ‘não’. Na época, Majlinda era a número um no ranking mundial e maior favorita à medalha de ouro no Rio”, gaba-se Toni.
Da chegada na quarta-feira à estreia na sexta, a equipe viveu sob tensão.
“Foram dias horríveis. A competição era muito importante para a classificação olímpica e para pontuação”, explica.
Até o último minuto, eles não sabiam como ficaria a situação. Até que a permissão veio.
“Fui até minha equipe e falei: ‘Agora é a vez de vocês. Porque vencemos uma pequena disputa'”, lembra o treinador.
Naquelas longas horas, travou-se um embate entre diplomatas e políticos de alto escalão da Rússia, segundo Toni.
A conquista se ampliaria no tatame com ouro para Majlinda e bronze para Nora.
“Na cerimônia de abertura, estava o próprio [presidente da Rússia, Vladimir] Putin. Não sei se ele assistiu à final. Se estava lá durante o hino de Kosovo, foi uma vista realmente linda. Havia guardas russos fazendo a saudação aos atletas e à nossa bandeira. O melhor momento da diplomacia de Kosovo”, delicia-se Toni.
“Os políticos de Kosovo mencionam isso mais do que o ouro olímpico porque, para a política, foi uma grande vitória. Essa é a beleza da nossa história. Não fizemos algo por Kosovo apenas na parte esportiva”, acrescenta.
Majlinda sintetiza: “Somos os melhores embaixadores de Kosovo ao redor do mundo”.