Imigração em Portugal: Fundão, o pequeno município que se orgulha de atrais estrangeiros
Crédito, Câmara Municipal do Fundão
- Author, Joana Rei
- Role, Do Fundão (Portugal) para a BBC News Brasil
No interior de Portugal há um pequeno município que se transformou num oásis para os imigrantes. Dos 27 mil habitantes que vivem no Fundão, cerca de 4 mil são pessoas vindas de outros países que ali encontraram trabalho, melhores condições de vida, um porto seguro ou até um lugar onde começar do zero.
A região encontrou nos imigrantes uma forma de combater o encolhimento da população, que caiu de 50 mil habitantes na década de 1960, para quase metade disso, e também de dinamizar a economia.
Segundo dados de 2023 do Instituto Nacional de Estatística, o salário médio mensal no Fundão é de 1.186 euros (R$ 7.890), enquanto em Portugal como um todo o salário mínimo é de 870 euros e o médio de 1.460.
Caminhar pelas ruas da cidade é ouvir um idioma novo em cada esquina.
Ali vivem pessoas de 78 nacionalidades diferentes. São indianos, nepaleses, guineenses, ingleses, ucranianos, e uma comunidade brasileira que representa 25% da totalidade dos imigrantes.
Narion Coelho, de 46 anos, mudou-se de Curitiba para o Fundão em 2021.
“Meu marido é engenheiro eletrônico e viu no Facebook que um amigo estava aqui trabalhando. Mandou o currículo e em dois meses a empresa já estava preparando a documentação para a gente vir”, conta.
O casal pôde escolher entre Lisboa, Porto ou Fundão. A pequena cidade do interior foi a vencedora. Ali, eles contam que encontraram “qualidade de vida, segurança e o luxo de poder ir a pé para todo o lado”.
“Em Curitiba vivíamos a 600 metros da escola e nem assim o meu filho podia ir a pé, pela insegurança”, diz Narion. “Eu não podia andar na rua mexendo no meu celular, não podia levar uma bolsa na mão, meus filhos não podiam brincar no parquinho ao lado de casa… Aqui tudo mudou.”
Crédito, Joana Rei / BBC News Brasil
Narion, o marido e os dois filhos, de 12 e sete anos de idade, chegaram ao Fundão em 21 de novembro. Duas semanas depois, as crianças já estudavam em escolas da cidade, e a família começava a adaptar-se a uma vida nova.
“Eu costumo dizer que a gente faz parte dos imigrantes ‘Nutella’, porque já viemos com documentação, visto e contrato de trabalho e não precisamos passar por diversos perrengues da burocracia.”
Nem sempre é fácil ultrapassar as barreiras burocráticas, mas, por aqui, a comunidade resolve dúvidas mais rápido do que os serviços oficiais.
Com esse objetivo, Narion criou a Associação de Apoio Brazuca e Amigos, que ajuda imigrantes de todas as nacionalidades a navegar a burocracia local.
“Que papéis precisa, que trâmites, onde tem que ir… essas coisas que quem chega aqui sem apoio, fica meio perdido”, enumera a brasileira, citando as informações mais comuns demandadas pelos recém-chegados.
“Os trâmites são diferentes, dependendo da nacionalidade. Nós sabemos melhor os do Brasil, claro, mas sempre tentamos ajudar toda mundo”, diz ela.
Além disso, há sempre pessoas de outras comunidades dispostas a ajudar. “É uma corrente do bem”, acrescenta.
Destino final
Narion e a família vieram para ficar. “Estamos procurando casa para comprar e eu montei um negócio”, conta, de trás do balcão da loja Empório CWB (sigla do Aeroporto de Curitiba), que vende produtos brasileiros.
Faz tempo que o Fundão deixou de ser ponto de passagem e converteu-se em destino final.
“Cerca de 80% das pessoas que chegam aqui fixam-se no município”, conta com orgulho Paulo Fernandes, presidente da Câmara do Fundão — cargo equivalente no Brasil ao de prefeito.
Crédito, Joana Rei
Daniel Silva, de 34 anos, que conseguiu convencer a família toda a se mudar de Goiânia para Fundão em 2022, é um exemplo disso.
Com ele, vieram os pais, duas irmãs, dois cunhados e três sobrinhos — que agora já são cinco, porque os dois mais novos membros da família já nasceram em Portugal.
E porquê o Fundão? “Minha tia vivia na Holanda e comprou casa aqui”, diz ele.
“Ela simplesmente bateu o olho e gostou do local. Eu vi as fotos e fiquei com vontade de vir também. Era um sonho meu, antigo”, lembra o goiano.
Agora moram todos em Alcongosta, uma aldeia do município do Fundão onde já há uma comunidade de brasileiros de mais de 50 pessoas.
Crédito, Joana Rei
Nestes dois anos a vida foi se encaixando de forma fácil: um dos cunhados trabalha como mestre de obra, outro numa empresa de polimentos, uma das irmãs trabalha num supermercado e a outra é dona de casa.
As crianças estão na escola, o pai já está aposentado e, com a mãe, “uma cozinheira de mão cheia”, Daniel abriu um café.
No Ponto do Sabor, de sorriso aberto e afável, Daniel vai servindo os clientes que lhe ensinam os truques para manter a casa cheia.
“Há um monte de coisas que os portugueses tomam diferente. Por exemplo o café”, diz ele.
“No Brasil a gente faz num bule e depois fica numa garrafa térmica. Aqui não, você tem que fazer na hora, senão ninguém toma”, diz com uma gargalhada.
Na hora de montar o negócio, Daniel esbarrou na burocracia. “Cada dia me pediam uma coisa diferente, foi complicado”, diz. Mas ele foi contornando os obstáculos.
Agora só falta uma licença para poder fazer comida, porque a ideia é também servir refeições “de comida brasileira e portuguesa”.
Na vitrine já há salgados, tortas e coxinhas de frango: “a que tem mais saída”.
Crédito, Câmara Municipal do Fundão
Numa das mesas do café, Janaína e Renato Cabral brincam com Daniel: “Vai sair bonito na foto”. Os dois chegaram de Campinas em agosto.
Janaína, técnica de enfermagem, encontrou emprego em 20 dias, num lar de idosos.
Renato, analista administrativo, demorou mais tempo e não conseguiu trabalho na sua área, “porque o país funciona de forma diferente e não reconhece um monte de coisas que a gente faz lá”.
Assim, ele trocou o funcionalismo público por um trabalho num supermercado, mas não se arrepende.
“Tem coisa que o dinheiro não compra e uma delas é a paz de espírito. Em Alcongosta a gente pode até deixar a porta de casa aberta que não acontece nada”, diz Renato.
“Meu filho vai de casa em casa chamar os amigos para brincar. Essa segurança a gente nunca teve no Brasil”, completa.
Do Brasil, eles contam que sentem falta do “movimento de cidade grande”, da oferta de atividades, que é mais limitada, e do calor. “Aqui faz frio demais”, brincam.
Polo tecnológico
A história do Fundão como um polo de atração de imigrantes começou em 2012.
“Nessa altura, e tendo em conta o panorama demográfico que começávamos a ter, decidimos apostar em um plano estratégico de inovação, ligado às novas tecnologias”, conta o presidente da Câmara.
O programa contava com uma série de incentivos para empresas e profissionais da área tecnológica que quisessem se fixar no Fundão. Foi um sucesso.
“Chegamos a uma altura em que recebíamos um engenheiro por dia”, conta Fernandes. Primeiro, vieram os portugueses, depois, os estrangeiros.
Hoje, 1,2 mil engenheiros com as respetivas famílias vivem na região, onde há vários espaços de coworking, laboratórios de inovação e uma incubadora de start-ups.
Consolidando o projeto de inovação, a Câmara Municipal voltou-se às outras áreas da economia local: faltava mão de obra para a agricultura, sobretudo para a colheita da cereja, produto de destaque na região.
“Decidi criar o primeiro equipamento público de apoio aos trabalhadores temporários da agricultura em 2016”, lembra Fernandes.
Um antigo seminário em desuso transformou-se em centro de acolhimento de trabalhadores.
Depois, o local passou a receber os estudantes oriundos de países de língua portuguesa, que começavam a ocupar os cursos de formação profissional da região.
Crédito, Joana Rei
Em 2018, o espaço passou por uma virada. António Guterres, atual secretário geral das Nações Unidas, e fundanense de nascimento, pediu à região para acolher alguns dos refugiados do navio Aquarius, depois da recusa de Itália e Malta a recebê-los.
Assim, o centro de acolhimento passou a abrigar trabalhadores, estudantes e refugiados. O financiamento do local é composto de uma parcela de recursos públicos municipais e cerca de 75% de fundos europeus.
Hoje, 143 pessoas residem ali, acompanhados por uma equipe de 27 técnicos.
Eduarda Soares, de 28 anos, chegou há cerca de dois anos. Trabalha no centro de migrações fazendo limpeza e ali teve sua filha, Leonora, de um ano e meio.
Tímida e de poucas palavras, Eduarda abre um sorriso quando fala dos primeiros tempos no Fundão.
“Quando cheguei, pensava que ninguém ia me ajudar, e foi o contrário. Todo mundo me ajudou, mesmo com a gravidez, as consultas no hospital, tudo”, lembra ela.
Eduarda veio do Timor pela falta de trabalho. Primeiro foi para Castelo Branco, onde tinha uma prima, mas quando a prima emigrou para a Irlanda com o marido, ficou sozinha “sem dinheiro e sem saber o que fazer”.
Foi quando outros timorenses decidiram vir para o Fundão e ela veio com eles.
“Agora já não quero sair daqui”, diz ela.
Crédito, Joana Rei
Está perto das 15h e há pouco movimento no Centro das Migrações. O espaço, com corredores luminosos e jardins externos é dividido em diferentes alas.
Além dos dormitórios, com 300 camas, há um refeitório que não serve refeições com carne de porco (para respeitar as diferentes religiões), um espaço para que os muçulmanos fazer suas orações, uma sala de convivência, e um centro de formação.
Pelos corredores passam jovens estudantes, mães com crianças de colo, famílias inteiras, homens sozinhos. Uns vieram à procura de uma vida melhor, outros fugiram de guerras nas suas terras natais, e outros ainda livraram-se das redes de tráfico internacionais e de uma travessia de pesadelo no mar.
Diallo Alhassane chegou há quase um ano ao Fundão depois de um périplo de nove meses que o levou da Guiné ao Mali, do Mali à Argélia, da Argélia à Tunísia, da Tunísia a ilha de Lampedusa, na Itália, numa travessia pelo Mediterrâneo que quase acabou em tragédia. “Não desejo isto nem ao meu pior inimigo”, diz ele.
“Foram 12 horas num barco com 49 pessoas… muito, muito perigoso. Não gosto nem de pensar nisso de novo”, lembra ele, num português acanhado.
Depois de Lampedusa, ele veio parar em Portugal, através de um protocolo que o Fundão mantém com a ilha italiana.
Crédito, Joana Rei
Agora, Alhassane trabalha numa empresa de limpeza e no futuro gostaria de trazer a mulher e os três filhos, com idades entre três e 10 anos, para viver com ele.
“Aqui encontrei gente boa, que me ajudou e agora tenho de batalhar pouco a pouco para ter uma vida melhor”, diz o imigrante africano.
Como Alhassane, o centro deu a mão a muitos outros refugiados.
“Resgatamos cidadãos ucranianos, participamos na operação humanitária do Afeganistão e no acolhimento de cidadãos de Timor”, conta Filipa Batista, diretora do centro para as migrações.
“Aqui, [todos] encontram um primeiro ponto de apoio. Um banho quente, uma cama, uma refeição”, diz ela.
Capital da inclusão
Quando os imigrantes entram no centro, são acolhidos com itens essenciais.
Quando as necessidades básicas estão preenchidas, começa então o programa de aprendizagem do idioma e de formação profissional, ou inclusão escolar no caso das crianças, além dos trâmites burocráticos para conseguirem toda a documentação.
“Fazemos microformações, centradas nas necessidades do tecido produtivo do Fundão, o que permite que essas pessoas estejam trabalhando num curto espaço de tempo”, explica Filipa.
Crédito, Joana Rei
Quando estão prontos, deixam o centro para viverem numa das casas que a Câmara municipal tem destinadas ao apoio aos migrantes.
“Primeiro, eles não pagam nada, depois só os gastos e, por fim, assumem a totalidade dos custos”, diz Paulo Fernandes.
O objetivo é a integração o mais cedo possível na comunidade local.
“Temos uma taxa de autonomização de 11 meses. Na maioria dos campos de refugiados, estas pessoas demoram mais de quatro anos para conseguirem uma vida independente, quando a conseguem”, frisa Fernandes.
Neste processo, as empresas locais são peça essencial. São elas que se beneficiam da mão de obra estrangeira e que, de outra forma, não conseguiriam sobreviver.
“Os imigrantes fazem-nos muita, muita falta. Vieram dar um grande impulso às empresas e desenvolver a economia”, diz José Primo, diretor da empresa de distribuição de eletricidade PSP Electricidade Lda.
Ali trabalham 24 pessoas, metade das quais são imigrantes, sobretudo de Timor, São Tomé e Príncipe e da Eritreia.
“No início, houve um bocadinho de resistência, principalmente por parte de dois trabalhadores de que não tinham sensibilidade para os temas de imigração. Agora são eles os primeiros que pedem para ter imigrantes na sua equipe”, conta Primo, com orgulho.
Para essa integração, ajudaram as reuniões realizadas todas as sextas-feiras à tarde, onde se contava um pouco da cultura de Portugal e se deixava que os imigrantes partilhassem a sua cultura também.
“Perguntávamos pela família, insistíamos em que eles fizessem videochamadas aqui no trabalho e tudo foi ficando mais fácil. Queríamos que se sentissem acolhidos.”
Para além disso, diz o diretor, a relação de trabalho faz-se “muito por gestos e com o material na mão” até os imigrantes terem destreza no idioma.
Em 2023 o Fundão foi declarado capital europeia para a inclusão e a diversidade.
“[A imigração] está deixando de ser assunto na cidade e isso é o melhor indicador”, diz Paulo Fernandes.
“As pessoas habituam-se a que os parques são interculturais, os cafés são interculturais, as escolas, os centros de saúde, os supermercados são interculturais e estamos alcançando um processo de normalização”, acrescenta.
Com resistências, claro, como a de Margarida, residente que não quer dar o sobrenome, e que se queixa que “os imigrantes estão invadindo tudo”.
“Ali no Parque Verde já nem podemos ir porque só nos deparamos com eles”, diz.
“Eles”, explica Filipa Batista, “são pessoas diferentes, de uma cor diferente, de uma cultura diferente, que ocupam os espaços, que fazem festas de aniversário e piqueniques e nada mais. Não acontece nada de anormal no Parque Verde.”
Dores do crescimento
As estatísticas mostram que não há problemas de segurança no município.
E a maioria da população também tem essa percepção: “Não tenho conhecimento de que alguma vez tenha acontecido alguma coisa”, diz António Mendes.
“Do que eu posso observar, há ajuda mútua entre toda a gente, eles preocupam-se em aprender português, e a integração de novas culturas e religiões é sempre uma mais-valia [um benefício]. Do que eu vejo no dia a dia, [os imigrantes] são bem recebidos”, diz Joana, funcionária de uma das farmácias locais.
Estigma sempre tem, mas isso existe até no Brasil, diz a curitibana Narion.
“A cultura é diferente, o jeito é diferente e todos temos que nos adaptar. Mas você tem que respeitar e exigir respeito de volta. E com a maioria das pessoas não há problema. Eles até ficam querendo saber da sua cultura, viver suas festas”, afirma.
“A gente não tem do que reclamar”, afirma Renato Cabral.
“Todo mundo recebeu bem a gente. Claro que há sempre uma ou outra pessoa que pode ter algum comentário, mas isso acontece em todo lado.”
As principais queixas de locais e estrangeiros diz respeito à falta de habitação, que já começa a se tornar um problema.
“Antes não tínhamos mercado de aluguel, agora alugar uma casa no Fundão é muito difícil. São dores de crescimento que iremos resolver com o tempo”, diz Fernandes.
Crédito, Divulgação/Imovirtual
Ainda assim, o desenvolvimento tem acontecido de forma inclusiva.
“O fato de sermos uma cidade pequena ajuda a não haver gentrificação e isso facilita a integração”, insiste Paulo Fernandes.
A gentrificação é um processo de transformação de bairros ou regiões urbanas, em que pessoas de mais baixa renda são expulsas pela chegada de pessoas mais ricas.
“Temos aqui prédios em que cada casa é de um fundanense de uma nacionalidade diferente, com uma capacidade econômica diferente”, diz ele.
A palavra não é escolhida por acaso. “Eu digo sempre que temos fundanenses portugueses e fundanenses do resto do mundo”, afirma Fernandes.
“E um fundanense há 24 horas é tão fundanense como eu. Porque as palavras contam e têm consequências. Há pessoas que chegam em situação de pura sobrevivência e sentirem-se parte de uma comunidade é um farol de esperança”, destaca o representante local.
Para facilitar a inclusão, a Câmara criou a figura do mediador cultural, pessoas de diferentes partes do mundo que ajudam na tradução, quando necessário, e funcionam como pontes entre os recém-chegados e a comunidade.
“Acredito na interculturalidade como forma de inclusão”, explica Fernandes.
“Se eles têm que aprender português, eu tenho de me habituar a que eles falem outro idioma. Se professam outra religião, têm que ter espaços para o fazer”, diz ele.
“Porque senão as pessoas ficam desenraizadas, perdem a identidade e há sempre alguém que tenta explorar essa sensação de expatriado, de indesejado.”
O resto resolve-se com a convivência e “a compaixão”, um sentimento que começa a se cultivar nas escolas, onde 15% dos alunos são migrantes.
“Preocupam-me muito os jovens, que são muito permeáveis a determinados discursos de ódio. Porque o medo é o maior agente do preconceito e é uma coisa que se cola facilmente à pele. E um sentimento tão poderoso só pode ser combatido com outro de igual importância, como a compaixão”, diz Fernandes.
Por isso, vários imigrante vão às escolas para contar suas histórias de vida, “porque se não ganhamos os miúdos pelo coração, não os ganhamos com nada”.
Aos discursos da extrema-direita, anti-imigração, Fernandes responde com a dureza dos dados.
“Não é uma escolha. Não há futuro neste país se não combatermos o envelhecimento da população com a entrada de migrantes, que vêm para trabalhar, para construir a sua vida, para abraçar as oportunidades que temos para lhes oferecer”, diz o presidente da Câmara.
“Migração é economia e economia é migração. É só isto”, diz Filipa Batista.
“Com uma política restritiva da imigração não teríamos o tecido produtivo que temos”, completa a diretora do centro para as migrações.
O projeto e seu êxito são um orgulho para Paulo Fernandes.
“Poucas vezes na política temos o privilégio de sentir que estamos transformando as coisas. Isto é a minha utopia se tornando realidade.”