EUA querem visita de Alckmin, mas endurecem pressão política sobre o Brasil

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Em meio às tensões comerciais provocadas pela aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos importados, os Estados Unidos solicitaram uma visita do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, como gesto de boa vontade. A informação foi publicada pela jornalista Raquel Landim, em sua coluna no portal UOL.

Apesar do pedido diplomático, representantes do governo norte-americano se recusam a aliviar a pressão política exercida sobre o Brasil, inclusive mantendo esforços em favor da anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A avaliação dentro do governo brasileiro, segundo apuração de Landim, é que “não é possível negociar soberania”.

EUA querem mais, mesmo oferecendo menos

De acordo com a reportagem, emissários de Washington sinalizaram ao Brasil a possibilidade de retirar alguns itens da lista da tarifa de 50%, como carnes, pescados, café e manga — produtos que os EUA não produzem em larga escala ou que enfrentam escassez interna. No entanto, essa flexibilização só ocorreria após uma visita oficial de Alckmin ou de seu secretário-executivo, Márcio Elias Rosa, aos Estados Unidos.

A pressão, porém, não para por aí. Os representantes norte-americanos também deixaram claro que pretendem intensificar a ofensiva política. Essa postura contradiz o próprio gesto simbólico de convite ao vice-presidente brasileiro e deixa o governo do presidente Lula em uma encruzilhada diplomática.

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