Depressão pós-parto e psicose: como sofrimento materno foi considerado bruxaria séculos atrás

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Foto em preto e branco tirada do alto mostra mãe com mãe no rosto segurando bebê

Crédito, Getty Images

  • Author, Cristiane Martins
  • Role, De Londres para a BBC News Brasil

Prissila Collit conta que não dormia havia três noites quando foi tentada pelo diabo a matar seus filhos. Em troca, segundo ela, o diabo acabaria com sua pobreza. Collit disse ter recusado, mas acabou colocando o bebê perto do fogo. Collit não teve forças para socorrê-lo. E o bebê seria salvo, por pouco, pelo irmão.

Aquela não seria a última vez, segundo Collit, que ela encontraria o diabo lhe oferecendo melhores condições de vida na Inglaterra do século 17. Ela acabaria acusada de bruxaria.

O relato aparece em registros analisados por pesquisadores como C. L’Estrange Ewen, no livro Witch Hunting and Witch Trials (Caça às Bruxas e Julgamentos de Bruxas, em tradução livre), que reúne documentos de acusações de bruxaria julgadas na Inglaterra entre 1559 e 1736.

Casos como esse são hoje estudados por especialistas que investigam como, séculos atrás, o sofrimento materno foi interpretado como bruxaria.

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