Conclave para eleger novo papa começa em 7 maio; o que acontece agora
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- Author, Thomas Mackintosh
- Role, Da BBC News em Londres
A reunião a portas fechadas acontece na Capela Sistina e envolverá cerca de 135 cardeais de todo o mundo.
Não há previsão de quanto tempo será necessário para eleger o próximo papa, mas os dois conclaves anteriores, realizados em 2005 e 2013, duraram apenas dois dias.
Normalmente, o conclave começa entre 15 e 20 dias após a morte do pontífice anterior.
O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, disse que em 7 de maio os cardeais participarão de uma missa solene na Basílica de São Pedro, após a qual os elegíveis para votar se reunirão na Capela Sistina para o conclave.
Depois de entrarem na Capela Sistina, os cardeais não devem se comunicar com o mundo exterior até que um novo papa seja eleito.
Há apenas uma rodada de votação na primeira tarde do conclave.
A partir do segundo dia, os cardeais realizam duas votações todas as manhãs e duas votações todas as tardes na capela, até que os candidatos a papa sejam reduzidos a apenas um.
Um candidato precisa de dois terços dos votos dos cardeais eleitores para ser eleito papa.
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Nas votações, cada cardeal eleitor escreve o nome do seu candidato preferido nas cédulas de votação sob as palavras Eligio in Summum Pontificem, que em latim significa “Eu elejo como Sumo Pontífice”.
Para manter as votações em segredo, os cardeais são instruídos a não usar sua caligrafia habitual.
Se não houver votação decisiva até o final do segundo dia, o terceiro dia é dedicado à oração e contemplação, sem realização de nenhuma votação. A votação prossegue normalmente após esse período.
O processo todo pode levar vários dias, ou às vezes semanas.
Duas vezes por dia, durante o conclave, as cédulas usadas para votação são queimadas e pessoas do lado de fora do Vaticano podem ver a fumaça saindo da chaminé da Capela Sistina.
Tinta preta ou branca é aplicada nas cédulas. A fumaça preta significa uma votação inconclusiva; a fumaça branca indica a escolha de um novo papa.
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No sábado (26), políticos e membros da realeza se juntaram a milhares de pessoas em luto durante o funeral do papa Francisco, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
A cerimônia destacou o trabalho do primeiro pontífice da América Latina em prol dos mais pobres e da paz mundial.
“As demonstrações de afeto que testemunhamos nos últimos dias após sua passagem desta terra para a eternidade nos dizem quanto o pontificado do papa Francisco tocou mentes e corações”, afirmou o cardeal italiano Giovanni Battista Re, que fez a homilia.
Após a missa, grandes multidões acompanharam o transporte do caixão do papa até seu local de descanso final, a Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma.
Segundo as autoridades locais, 140 mil pessoas se alinharam nas ruas, batendo palmas e acenando enquanto o carro fúnebre – um papamóvel branco adaptado – atravessava o rio Tibre e passava por alguns dos pontos turísticos mais famosos de Roma: o Coliseu, o Fórum e o monumento nacional Altare della Patria, na Praça Venezia.
Uma única rosa branca foi colocada sobre o túmulo de pedra que leva o nome pelo qual ele foi conhecido durante seu pontificado. Também é possível ver um crucifixo iluminado por um único holofote.