Como geração de mestiços foi vista como ameaça por colonizadores da África

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Marie-José Loshi (à esquerda). À direita, uma foto de um dos institutos católicos nomeados pelo governo belga que foi forçado a acolher as crianças e criá-las em Save, em Ruanda

Crédito, Marie-José Loshi/Metis-Be

Legenda da foto, Marie-José Loshi (à esquerda) foi uma das milhares de crianças retiradas de suas famílias por serem mestiças. À direita, uma foto de um dos institutos católicos nomeados pelo governo belga que foi forçado a acolher as crianças, e criá-las em Save, em Ruanda

Aos quatro anos, Marie-José Loshi foi retirada da sua família no então Congo Belga da era colonial, levada para mais de 600 quilômetros de distância, e colocada em um orfanato católico para crescer entre estranhos.

“Fomos arrancados de tudo, e feridos para o resto da vida”, diz Loshi, hoje com 76 anos.

“Nossa juventude e infância foram roubadas.”

Marie-José Loshi é apenas uma das milhares de crianças que foram sistematicamente retiradas de suas famílias pelo Estado, e colocadas em institutos administrados principalmente pela Igreja Católica, por causa de suas origens mestiças.

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