Alzheimer: as freiras que ajudaram a desvendar mistérios sobre a demência

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Três das voluntárias que participaram do Estudo das Freiras, em foto tirada em 2001

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Três das voluntárias que participaram do Estudo das Freiras, em foto tirada em 2001

O ano era 1986. O epidemiologista e professor de neurologia David A. Snowdon começava a investir num projeto inusitado: acompanhar centenas de freiras para entender os fatores por trás do envelhecimento e do desenvolvimento de diversos tipos de demência, como o Alzheimer.

Passadas quase quatro décadas, o chamado Nun Study (ou “Estudo das Freiras”, em tradução livre) ajudou a desvendar alguns dos principais mecanismos por trás das falhas de memória e do raciocínio — e é celebrado como um “divisor de águas” por especialistas da área.

Essa pesquisa permitiu entender, por exemplo, o papel da reserva cognitiva — e da educação — na prevenção da demência. Ela também ajudou a identificar genes que aumentam o risco de Alzheimer. E ainda descobriu que várias doenças simultâneas podem levar ao apagamento das lembranças no cérebro.

Mas o trabalho não acabou: graças aos avanços na digitalização de documentos e à inteligência artificial, os responsáveis pelo projeto apostam que o Estudo das Freiras ainda vai responder mais perguntas sobre essa enfermidade, que já afeta 55 milhões de pessoas ao redor do mundo.

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