A doença rara desvendada pela ciência onde ‘todo mundo é primo’ no sertão

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Montagem de uma família com mãe e dois homens em cadeiras de rodas ao fundo e a pesquisadora Silvana Santos na frente.

Crédito, Mariana Castiñeiras/BBC

Legenda da foto, Famílias viviam sem diagnóstico no Rio Grande do Norte – até a chegada de Silvana Santos na região

  • Author, Giulia Granchi e Vitor Tavares
  • Role, Enviados da BBC News Brasil a Serrinha dos Pintos (RN)

Silvana Santos ainda sabe de cor a casa e o nome de cada um dos moradores de Serrinha dos Pintos que perderam na infância a capacidade de andar.

As filhas de dona Loló na entrada da cidade, Rejane no recuo da estrada, Marquinhos logo depois do posto de gasolina, Paulinha em frente à escola…

Foi nesta cidade de menos de 5 mil habitantes no sertão do Rio Grande do Norte que a bióloga e doutora em genética descobriu, estudou e batizou uma doença genética rara até então desconhecida no mundo: a síndrome Spoan.

Causada por uma mutação genética que pode ser rastreada até os primeiros colonizadores a explorarem o sertão do Brasil, a síndrome afeta o sistema nervoso e causa um progressivo enrijecimento e enfraquecimento das pernas e dos braços. Nos afetados, os olhos apresentam um movimento rápido e involuntário.

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