A busca pelas impressões digitais radioativas de Marie Curie em Paris

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Contador preto com amarelo apontando para um pedaço de papel com uma anotação

Crédito, Edouard Taufenbach e Bastien Pourtout

Legenda da foto, O fato de Marie Curie manusear o rádio com as próprias mãos, sem proteção, acabou deixando vários rastros do elemento em objetos que ela tocava

    • Author, Sophie Hardach
    • Role, BBC Future

O contador Geiger começa a piscar e a apitar quando o encosto na maçaneta de uma porta parisiense de mais de 100 anos. Estou parada na entrada entre o antigo laboratório e o escritório de Marie Curie, cientista nascida na Polônia e radicada em Paris que inventou o termo radioatividade.

O museu que abriga o laboratório me convidou para rastrear as impressões digitais radioativas deixadas por ela quando trabalhava no local no início do século 20. Muitas dessas marcas invisíveis estão espalhadas por suas anotações, livros e móveis pessoais, algumas descobertas apenas recentemente. Na maçaneta está um dos vestígios. Há outro na parte de trás da cadeira dela.

A reação do contador Geiger, e os números que aparecem no visor, sugerem a presença de radioatividade de fundo acima do esperado, embora em níveis baixos e sem perigo. Em microsievert, unidade que mede o impacto potencial da radiação no corpo humano, o valor chega a 0.24 microsievert por hora, dentro dos limites seguros, de acordo com especialistas.

Marie Curie trabalhou aqui entre 1914 e 1934, o ano de sua morte, manuseando elementos radioativos como o rádio, que ela e o marido, Pierre Curie, descobriram em 1898.

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