Empresário sofre sequelas permanentes após cirurgia realizada por neurocirurgião, enquanto defesa do profissional nega erro
A defesa do neurocirurgião Dr. Tiago Vinícius Silva Fernandes se manifestou nesta quinta-feira (5), após denúncia de erro médico que, segundo o paciente Márcio Lima, resultou em sequelas irreversíveis na sua saúde. A controvérsia envolve detalhes sobre o procedimento realizado em Goiânia e a conduta do profissional, que continua sendo alvo de questionamentos.
Márcio, que tem o plano de saúde Hapvida, relata que foi submetido a uma cirurgia no Hospital Jardim América, na capital goiana, para tratar uma degeneração óssea e estenose medular lombar. Segundo ele, durante o procedimento foram colocados oito pinos na coluna. No entanto, ele alega que todos estavam soltos, alguns mal posicionados, e que um deles teria atingido um nervo entre L-5 e S1, provocando uma sequela permanente conhecida como “pé caído”, que compromete sua mobilidade na perna esquerda.
A assessoria jurídica do médico afirmou que todas as ações realizadas durante a cirurgia seguiram os protocolos clínicos e normas técnicas da medicina.
A sequência de eventos e impacto na saúde do empresário
De acordo com o paciente, após a cirurgia, recebeu alta médica em apenas 18 horas, sem maior acompanhamento ou orientações, permanecendo por 23 dias sem assistência adequada. Sem solução para a questão da sequela, Márcio precisou custear uma nova cirurgia, realizada em outro hospital, com o valor de R$ 140 mil. Laudos dessa segunda intervenção indicam que a primeira cirurgia foi mal conduzida, contribuindo para o agravamento do quadro de sequelas permanentes.
O plano de saúde Hapvida informou ao Portal que o médico envolvido foi desligado da sua rede de profissionais. A reportagem tentou obter esclarecimentos sobre os motivos da exoneração e se há outros registros de complicações graves envolvendo o profissional, mas tanto o plano quanto a assessoria do neurocirurgião não respondeu os questionamentos.
Márcio, maior prejudicado
O que está claro é que Márcio Lima é quem mais sofre com as consequências do procedimento, enfrentando limitações em sua mobilidade e custos elevados com novos tratamentos. Enquanto a guerra jurídica não apontar obras concretas de erro ou negligência, a narrativa do paciente revela um quadro de prejuízos que requeriam maior atenção e transparência por parte dos profissionais envolvidos e das instituições de saúde.